Os investimentos industriais em vacinas para pestes como Ebola e Sars foram reduzidos por não trazerem boas perspectivas de lucro. No Brasil, a maior parte das ações de imunizações está sob a responsabilidade de dois laboratórios públicos, que dependem de tecnologias de fabricantes internacionais.
“Muito pouco desenvolvimento de tecnologia original autóctone tem sido observado até hoje”, analisa nesta entrevista ao blog do CEE-Fiocruz, o pesquisador Reinaldo Guimarães, professor do Núcleo de Bioética e Ética Aplicada da UFRJ (Nubea) e vice-presidente da Abrasco. “O problema está em que, cada vez mais, as vacinas modernas, com antígenos conjugados e outras tecnologias de ponta não terão possibilidades de ser compradas e transferidas. Talvez esse seja o nosso principal gargalo no campo das vacinas”, observa.